Afinal, o que é DICOM?

Sigla para Digital Imaging and Communications in Medicine, o DICOM, em sua tradução livre, significa Comunicação de Imagens Digitais em Medicina e se refere a um conjunto de regras feitas para padronizar o formato digital para as imagens tanto para o armazenamento quanto para a comunicação.

Essa padronização permite que exames como radiografias, tomografias e ressonâncias, entre outros, sejam armazenados em um único formato, possibilitando que as imagens sejam reconhecidas e visualizadas em equipamentos de diferentes marcas.

O DICOM também permite o acesso das imagens em dispositivos móveis, como smartphones e tablets, possibilitando acompanhamento e diagnóstico à distância.

A padronização de imagens médicas é bastante vantajosa para os hospitais e clínicas, pois garante a legibilidade e qualidade da imagem, tornando os resultados mais precisos e a avaliação dos exames mais eficazes, o que também ajuda no tratamento.

Dentre os principais benefícios do DICOM, podemos citar:

Acessibilidade móvel

Como o DICOM padroniza a troca de dados, os profissionais de saúde conseguem ter acesso a resultados dos exames de qualquer dispositivo ou sistema digital, independentemente de onde estiverem e a qualquer momento.

Troca de informações facilitada

Como as informações são trocadas de forma mais fácil, os profissionais da saúde conseguem discutir os pareceres entre si com mais agilidade, tendo a chance de fazer uma análise mais aprofundada dos resultados que têm em mãos.

Garantia de qualidade das imagens

As imagens são enviadas pela internet pelo DICOM e ele garante que elas chegarão a quem quer que seja com o máximo de qualidade e nitidez, sem terem falhas e evitando qualquer erro de interpretação por parte dos profissionais da saúde.

Mais segurança na manipulação de imagens

O padrão DICOM também permite que processos sejam uniformizados, como por exemplo a confirmação de que uma imagem foi armazenada corretamente em outro equipamento.

Isso permite que o profissional que enviou o exame possa deletá-lo de seu equipamento com a segurança de que a imagem já está salva em seu devido lugar.

Vale ressaltar que o DICOM, quando adotado pelas instituições médicas, irá não apenas melhorar a comunicação e garantir maior eficiência e economia, mas também gerar benefícios para todas as partes envolvidas, incluindo médicos e pacientes.

Afinal, o que é PACS?

O PACS é um sistema de armazenamento de imagens e de comunicação que pode ser usado por clínicas que fazem diagnóstico por imagens.

PACS é a sigla de abreviação para Picture Archiving and Communication System, que em tradução significa Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens.

Em linhas gerais, a sua função é padronizar e facilitar toda a comunicação entre hospitais, clínicas e médicos.

Assim, todos os exames podem ser acessados de forma digital, eliminando a necessidade de que pacientes levem eles em mãos de uma clínica para outra ou que hospitais diferentes façam a movimentação física desses exames.

Esses tipos de situações – que hoje são eliminadas graças ao sistema PACS – costumavam ser um grande obstáculo da medicina, pois atrasava o diagnóstico e também exigia que fossem desembolsados altos valores para esses trâmites acontecerem, além do fato de que muitas vezes os pacientes precisavam refazer os exames para que eles fossem compatíveis com o sistema de uma clínica diferente.

Então, o PACS na radiologia entra em cena para eliminar esses problemas e facilitar a troca de informações e imagens de radiografia entre diferentes organizações de saúde.

Benefícios do sistema PACS

Dentre os principais benefícios, podemos citar:

laudos entregues mais rapidamente;
armazenamento digital com riscos de perda das imagens reduzido em comparação aos exames impressos;
imagens duplicadas reduzidas;
capacidade para armazenar mais exames;
redução de custos e de impactos ao meio ambiente, pois as imagens podem ser acessadas pela internet, eliminando a necessidade da impressão em filme;
processos padronizados;
maior produtividade e aumento da qualidade e da eficiência dos fluxos de trabalho;
maior segurança no armazenamento das informações;
integração com dispositivos externos, como visualizadores DICOM avançados;
quando o PACS oferece visualizador DICOM integrado ao editor de laudos, a possibilidade de erros no diagnóstico é potencialmente reduzida.

DICOM e PACS: como eles estão relacionados?

As normas DICOM foram criadas em 1983 pelo Colégio Americano de Radiologia e a Associação Nacional Elétrica Americana. A partir daí, o padrão já passou por três versões, sempre com foco na melhoria do sistema de imagem, o que proporcionou uma maior produtividade e a expansão do PACS, com a possibilidade de conversar com sistemas de fabricantes e versões diferentes.

Desse modo, as imagens passaram a ter a possibilidade de serem visualizadas em qualquer tipo de ferramenta e mesmo que o sistema seja migrado, não é perdido o acesso a visualização das imagens. Portanto, o DICOM foi a base para a criação do PACS. Enquanto o primeiro determina o padrão de qualidade de imagens, o segundo é o responsável pelo manuseio dessas imagens.

A integração entre os dois sistemas é bastante simples: após a captura de imagem dos exames realizados, os arquivos são transmitidos conforme o DICOM, que padroniza o formato dos arquivos.

Na segunda etapa, as imagens são transmitidas de acordo com o formato definido, compartilhadas e armazenadas na nuvem ou no servidor da instituição.

É desse modo que o DICOM e o PACS trabalham em conjunto, permitindo que as imagens sejam transmitidas e as informações sejam acessadas e compartilhadas de forma online.

Se o sistema PACS estiver baseado na nuvem, será possível acessar os visualizadores DICOM pela internet. Desse modo, todos os profissionais envolvidos terão muito mais mobilidade e os diagnósticos serão dados de modo prático e ágil.

Em suma, o DICOM é o formato e padrão das imagens de exames obtidas em equipamentos próprios e o PACS é o software utilizado para visualizar e editar essas imagens, além de fazer o laudo, armazenar e compartilhar integralmente esses arquivos.

Como o PACS é usado na radiologia

Como você viu até agora, o PACS na radiologia é um sistema de armazenamento e comunicação de imagens que serve como um banco de dados de exames capaz de armazenar imagens em formato DICOM, logo, isso já nos adianta a ligação entre PACS na radiologia.

Isso porque o DICOM nada mais é do que o formato padrão internacional para arquivos de imagens médicas e informações que envolvem dados clínicos sobre pacientes.

Esse formato é reconhecido pela ISO (International Organization for Standardization) como a norma ISO 12052.

E desde que foi publicado pela primeira vez, lá em 1993, o DICOM mudou a maneira de fazer a radiologia, uma vez que permitiu a substituição do filme no raio-X por um modelo de trabalho completamente digital.

Desta forma, os equipamentos como os de Tomografia, Ressonância Magnética e afins conseguem capturar imagens de exames e processar as suas informações em formato DICOM, possibilitando que o conteúdo seja arquivado em um banco de dados do tipo PACS.

E na prática o PACS na radiologia está ligado desde a razão da sua criação, pois ele foi desenvolvido para tornar mais fácil os processos dentro de centro de imagens, seja para equipe médica ou para o gestor.

Tal praticidade se deu com um sistema que armazena exames de maneira rápida e que colabora para a otimização do acesso das imagens a partir de um visualizador DICOM.

Neste cenário, mesmo que a radiologia tenha sido a principal produtora de imagens de raio-X ao longo da história, o PACS entrou em cena para implementar em diversas outras práticas, como a medicina nuclear, oncologia, cardiologia, patologia e dermatologia.

Deste modo, podemos destacar que os principais usos do PACS são para:

Substituir cópias impressas em filmes radiológicos:

Isso porque ele foi projetado para ser a substituição digital do gerenciamento tradicional de imagens médicas impressas, como arquivos de filmes radiológicos, que antes eram obrigatórios para análise e interpretação da equipe médica para fazer o diagnóstico do paciente.

Ter acesso remoto

O PACS permite que a visualização e a geração de relatórios possa a ser feito além do local em que constam os sistemas médicos, tornando o acesso remoto uma possibilidade para profissionais da saúde que estão localizados em outros lugares.

Ter uma plataforma de integração de imagens

O PACS serve como uma plataforma eletrônica para interface de imagens de radiologia entre sistemas diferentes de automação médica, como o EMR, RIS e HIS.

Gerenciar o fluxo de trabalho de radiologia

O time de radiologia pode usar o PACS para gerenciar o fluxo de trabalho que envolve os exames de pacientes.

Estrutura do sistema PACS e seus componentes

Para entender mais sobre PACS na radiologia, apresentamos abaixo os quatro componentes básicos de um PACS. Acompanhe!

Dispositivos de aquisição de imagem

Esses dispositivos de aquisição de imagem, como ressonância magnética, tomografia computadorizada, PET, angiografia por raios X, ecocardiografia e afins, tornam mais fácil a digitalização de imagens envolvendo aquisição, conversão para o formato padrão PACS (DICOM) e pré-processamento de dados de imagem, como remoção de fundo, redimensionamento ou calibração de orientação.

Transmissão de dados via rede

As redes possibilitam uma transmissão fiel de dados médicos entre todos os componentes do PACS, abrindo espaço para a visualização dos dados por profissionais que estão distantes e agilizando os diagnósticos médicos.

Servidor de arquivamento de imagens

Todos os dados e informações de um paciente que envolvam arquivos de imagens são arquivados no servidor PACS.

E o armazenamento e arquivamento de dados é completamente gerenciado por dois componentes principais do servidor, sendo eles o sistema de arquivamento e a mídia de armazenamento, ou seja, o banco de dados e o arquivo neutro do fornecedor, conhecido como VNA.

O VNA tem o papel de consolidar, padronizar e arquivar imagens e dados PACS em um armazém à central digital, permitindo que seja possível eliminar os grupos de armazenamento em silos provenientes de sistemas PACS de vários departamentos de saúde.

Estação de trabalho de exibição de imagens

As estações de trabalho de exibição de imagens são essenciais para que haja uma interpretação clínica das imagens que são geradas por meio das múltiplas modalidades.

Usando essas estações, radiologistas e outros profissionais da saúde podem determinar o diagnóstico primário de forma mais precisa, uma vez que as funções básicas de processamento que elas oferecem incluem acesso, manipulação, avaliação e documentação.

Como um sistema PACS funciona?

O sistema PACS funciona por meio de estruturas sequenciadas que garantem que ele terá precisão e qualidade.

Essa sequência envolve três estruturas principais:

servidor principal: esse servidor fica no centro da operação do sistema e é o responsável pela ligação com a estrutura do banco de dados, gateway de importação e exportação de imagens DICOM, interface RIS, servidores webs e outras infraestruturas de distribuição de imagens relacionadas.
base de dados: é aqui que são armazenadas todas as informações que envolvem a operação de um sistema PACS, incluindo até mesmo informações que dizem respeito ao paciente e ao estudo, como notas, relatórios, exames e afins.
HL7 ou Nível de Saúde 7: por fim, temos essa parte do servidor que se responsabiliza por receber todas as informações geradas pelo RIS e as distribui para o arquivamento de imagens e o sistema de comunicação.

O que é a integração do PACS com RIS

Não há forma melhor do que entender sobre PACS na radiologia do que falando sobre a integração do PACS e o Sistema de Informação de Radiologia (RIS).

O PACS/RIS é uma solução de integração muito comum em organizações de saúde que procuram melhorar a sua produtividade e aumentar o uso dos seus recursos de radiologia.

Na prática, é possível ter tudo isso integrando essas duas soluções em uma só para ter todos os benefícios de ambas e otimizar o atendimento a médicos e pacientes.

O potencial dessa integração permite criar relatórios de radiologia completos que irão colaborar para uma melhor experiência de serviço para os profissionais da saúde e o público que eles atendem.

Benefícios da integração RIS/PACS

A integração RIS/PACS melhorou a maneira como as práticas de radiologia operam, sendo a base de centros de diagnóstico ou clínicas, devido a facilidade para o armazenamento e gerenciamento de imagens de diagnóstico.

Neste cenário, ter um RIS/PACS integrado colabora para que organizações da saúde consigam otimizar o seu fluxo de trabalho e executar as funções mais críticas, como entrada de pedidos, rastreamento de pacientes e fraturas.

Além do mais, outro benefício marcante da integração do RIS/PACS é o gerenciamento de tempo e dinheiro que ele traz, pois usar somente uma solução de bancos de dados abre espaço para uma economia das seguintes formas:

ter uma solução dois em um: quando se usa um único sistema para atender todas as necessidades do local de trabalho, é possível economizar dinheiro e ter mais capital disponível para treinar a equipe.
facilidade de uso: embora tenhamos citado o treinamento da equipe para usar essa ferramenta, ela é bastante intuitiva e fácil de usar,.
aumento do ROI: esse sistema único de banco de dados aumenta o ROI uma vez que a sua adesão ajuda a superar as metas de negócio, principalmente em relação ao seu custo-benefício, afinal, é muito mais barato comprar esses sistemas já integrados do que comprar um RIS e um PACS separados para realizar o gerenciamento de assistência médica.
dados armazenados em um lugar seguro: os departamentos de radiologia costumam armazenar uma grande quantidade de dados de pacientes em comparação com outros setores da saúde.

Neste sentido, é fundamental que esses dados sejam armazenados em um local seguro, limpo e de fácil acesso ao time, como propõe o sistema integrado PACS/RIS.

Conclusão

Neste conteúdo, esperamos ter esclarecido todas as suas dúvidas sobre PACS na radiologia.

Como explicamos, esse sistema permite que as instituições e profissionais de saúde enviem e recebam as imagens de exames de modo automatizado, padronizado e totalmente online, tornando todo o processo muito mais eficiente.

Além do mais, o PACS armazena as imagens recebidas e as disponibiliza na rede, permitindo que o profissional, seja médico ou técnico, faça anotações e alterações no arquivo de modo online.

No mais, explicamos aqui que o DICOM foi a base para a criação do PACS e, desta forma, enquanto o primeiro determina o padrão de qualidade de imagens, o segundo é o responsável pelo manuseio dessas imagens.

Gostou do conteúdo? Então, não deixe de se aprofundar no assunto e saiba um pouco mais sobre Digitalização na Saúde!

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